SETEMBRO VIROU AGOSTO
Segundo
Me lembro
Houve tempo
Em que
O mês
Setembro
Fazia florescer
Tudo
O jardim
De minha mãe
Florescia
Em margaridas
A chácara
De meu pai
Em palmas-de-santa-rita
O altar
De tia Ziza
Florescia
Em zínias
A saia
De emu vestido
Virava
Amsterdã:
Tulipas
Desgosto:
Setembro
Virou
Agosto
25 comentários:
há de desvirar e dançar o vira das flores, virá
abraço
Querida Zélia em 23de Julho fiz um envio postal com algumas ilustrações. Era um rolo de papel, embalagem reciclada de uma garrafa de Porto, com tampa metálica nas extremidades. O envio foi registado com a identificação seguinte: RR 9332 8352 5 PT .
Quando faço a pesquisa nos correios portugueses a encomenda foi entregue em Curitiba em 27/07/2012 que pelo que eu percebi de encomendas anteriores é um centro de triagem de correio internacional, a partir daí não há mais informação. Por favor diga-me se recebeu, e em caso negativo veja se lhe é possível inquirir os correios brasileiros. Beijos.
Ahhhhhh, amei!!!
Só não gostei de algo: está certa! Cadê nossa primavera??? rs...
Beijo grande =)
e vem assim uivando feito cachorro louco!!
beijoss
Amém, assim seja, Assis, amigo, grande poeta! Abraço
Oh, amigo Luis Felipe... Não me chegou... Vou procurar em nossa agência de correio. Ficarei muito feliz caso encontre! Já era para ter chegado, em condições normais...De posse do número da remessa, vou otimista! De qualquer maneira, muito, muito grata, Luis! Assim que tiver informação, comunico-te... Abraço preenchido de amizade
Em tempo: dia 20 de outubro lançarei meu novo livro TREM-BALA. Podes aguardar, amigo...
Ai, ai, ai, ai, ai, amiga Nadine...rsrsrsrs...Cadê??? rsrs...
Obrigada, querida, pela visita e pelas palavras deixadas...Abraço carinhoso
Realmente, amiga Lelena! Boa comparação, querida: cachorro louco...rsrsrs... Mil beijos
Amiga Zélia, eu estava sentindo saudade da musicalidade da tua poesia. Concordo contigo, setembro virou agosto. Aqui no sul, justamente no fim de setembro voltou o inverno com um frio fortíssimo, sendo que na 3ª e 4ª feira a temperatura em Porto Alegre andou perto de zero e em algumas cidades da serra gaúcha caiu neve. Um abração. Tenhas um lindo fim de semana.
É, e talvez outubro também tenha virado, amiga. Excelente poema, fundo em sua melancolia. Abraço!
SINTO QUE O MÊS PRESENTE ME ASSASSINA
Sinto que o mês presente me assassina,
As aves atuais nasceram mudas
E o tempo na verdade tem domínio
sobre homens nus ao sul das luas curvas.
Sinto que o mês presente me assassina,
Corro despido atrás de um cristo preso,
Cavalheiro gentil que me abomina
E atrai-me ao despudor da luz esquerda
Ao beco de agonia onde me espreita
A morte espacial que me ilumina.
Sinto que o mês presente me assassina
E o temporal ladrão rouba-me as fêmeas
De apóstolos marujos que me arrastam
Ao longo da corrente onde blasfemas
Gaivotas provam peixes de milagre.
Sinto que o mês presente me assassina,
Há luto nas rosáceas desta aurora,
Há sinos de ironia em cada hora
(Na libra escorpiões pesam-me a sina)
Há panos de imprimir a dura face
À força de suor, de sangue e chaga.
Sinto que o mês presente me assassina,
Os derradeiros astros nascem tortos
E o tempo na verdade tem domínio
Sobre o morto que enterra os próprios mortos.
O tempo na verdade tem domínio
Amen, amen vos digo, tem domínio
E ri do que desfere verbos, dardos
De falso eterno que retornam para
Assassinar-nos num mês assassino.
(Mauro Faustino)
Essa vida que passa numa velocidade louca. Os dias tem mesmo 24 hs? Não sei se o tempo mudou ou nós mudamos de tempo... Sua poesia me remeteu a tempos em q eu contemplava mais as pequenas coisas da vida que de pequenas não tem absolutamente nada. Lembranças memoráveis... Agradeço sua poesia tão gostosa de ler e viver...
Parabéns e beijos!
Dilmar, amigo, grande poeta!
Acho que , definitivamente, o blogger fez as pazes comigo... Assim seja, para que eu não me afaste mais daqui, do convívio com os amigos, das visitas que tanto me enriquecem...
Abraço preenchido da gratidão de sempre!!!
Abraço ensolarado...
É isso mesmo, amigo Reiffer! Talvez outubro também, e novembro , e dezembro... Quem sabe seja agosto, ele sim, o mais cruel dos meses, e não o abril de Eliot...
Abraço apertado, meu grande poeta!!!
Lindeza de presente, meu querido Fred, sempre amigo, magnifico poeta!!!
Um mês assassino, dentro do tempo, senhor de vastos domínios...
Muito, muito grata!!!
Abraço ensolarado
Você não imagina quão gratificada eu me sinto, lendo as suas palavras, amigo Pablo! Observo que vale a pena abrir a alma...Que vale a pena recolher cavacos do cotidiano e com eles tentar o fogo...
Muitíssimo grata!
Abraço apertado
Zélia minha amiga querida, que bom que estás nos presenteando novamente com tuas lindas poesias!
Beijoss
A gente esperava setembro, pelas flores que trazia consigo.
Que lindo, transformar a lembrança em
poesia...
Um abraço, Zélia.
Como te dizia lá no face, é mesmo um desgosto, e dá saudade dos setembros de outrora.
Beijos, querida.
[a palavra, esse intenso jardim
guardado nos segredos da estação:
o mês que se atrasa ou não vem mais,
talvez voltando para trás, como alguns dos rascunhos do tempo.]
um imenso abraço, Amiga Zélia
Leonardo B.
lindo demais Zélia, amo a diversidade de seus poemas, como se eles abrissem novos olhares sob as coisas, tão belos
beijos
as portas e o vento são cúmplices
e loucos
...
beijo carinhoso,
altíssima poeta!
Estimada, Zélia
O cantar da vida, esta sempre a nos convidar a observar as adversidades. Beijos pra voce, querida.
Zelinha, eu também me perdi nas estações. E a primavera era só festa, eu tinha, na infância, inúmeras flores no jardim da casa. Setembro já não é mais o mesmo, concordo.
Beijos, querida.
Zélia,
Há tempos não passava por aqui para dar uma olhada em seus escritos. Que bom. Pq passei hj e o deleite de seus poemas preencheram todo o tempo esquecido.
Uma riqueza. Tudo.
Um abraço carinhoso.
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