A rua
Atravessa
O povo
Atravessa
A massa
Assustada
A rua
Pede licença
E passa
Medrosa
Pára na praça
Olha
Os dois lados
E vai
A rua tem pressa
Quer chegar
Este é o espaço onde pretendo registrar meus contos, minhas crônicas e meus versos. Relutei muito antes de criar coragem. Pensava:"Tudo já foi escrito.Tudo já foi publicado." Acontece, porém, que os pensamentos, os versos, as frases, as palavras , por modestos , por desimportantes que sejam, acabam constituindo um fardo muito pesado. Carreguei o meu até não poder mais. Exausta busquei um lugar onde deitá-lo. Encontrei aqui o sítio ideal.
Minha lista de blogs
terça-feira, 23 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Lucia
Lucia, Lucia, Lucia
Lucia é demais
Lucia e sua casa
Suas flores
Seus animais
Esposa
Mãe
Artista
Amiga
Lucia é entusiasmo
Lucia é pleonasmo:
Lucia é luz
Lucia é demais
Lucia e sua casa
Suas flores
Seus animais
Esposa
Mãe
Artista
Amiga
Lucia é entusiasmo
Lucia é pleonasmo:
Lucia é luz
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Memória
Aos poucos
Vai se tornando
Difícil
Lembrar
O aspecto de
Uma simples avenida
O nome
De uma rua
De uma praça
Um verso
De Castro Alves
A cor
Da plumagem
De uma garça
Difícil lembrar
Um tempo
Em que
A vida tinha graça
Difícil lembrar...
Vai se tornando
Difícil
Lembrar
O aspecto de
Uma simples avenida
O nome
De uma rua
De uma praça
Um verso
De Castro Alves
A cor
Da plumagem
De uma garça
Difícil lembrar
Um tempo
Em que
A vida tinha graça
Difícil lembrar...
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Processador
O coração
Tum! Tum!
Pilão
A remoer
Mazelas
Vai socando
Tudo
As dores
Todas elas
A conta-corrente
O saldo devedor
O crédito pessoal
O canhoto
Do talão de cheques
Contra a corrente
Vai socando
Tudo!
Saudade do pai
Saudade da mãe
Saudade de mim
Que me perdi
E já nem sei mais
Onde
Num abismo
Num labirinto
No mar
Numa cratera
No espaço
Noutra galáxia
Num templo
Numa capela?
Nos retratos
Em preto e branco?
No fundo
De um espelho?
Dentro de envelopes
Antigos ?
Ou no disquete do tempo?
Tum! Tum!
Pilão
A remoer
Mazelas
Vai socando
Tudo
As dores
Todas elas
A conta-corrente
O saldo devedor
O crédito pessoal
O canhoto
Do talão de cheques
Contra a corrente
Vai socando
Tudo!
Saudade do pai
Saudade da mãe
Saudade de mim
Que me perdi
E já nem sei mais
Onde
Num abismo
Num labirinto
No mar
Numa cratera
No espaço
Noutra galáxia
Num templo
Numa capela?
Nos retratos
Em preto e branco?
No fundo
De um espelho?
Dentro de envelopes
Antigos ?
Ou no disquete do tempo?
domingo, 14 de junho de 2009
Fantasmas
Os fantasmas chegam
Quando o sol se põe...
Chegam alongados
Em suas sombras
Chegam cansados:
Vem de distantes
Castelos medievais
De longínquas catedrais
Conservam
Ainda
Sobre o branco
Reflexos de espelhos
E
De vitrais
Não pedem licença:
Invadem almas
Casas
Quintais
Se encontram
A mais leve receptividade
Não nos deixam
Nunca mais
Tenho dois fantasmas
De estimação:
Um velho e um
Moço
Cada um traz um laço
De fita vermelha
No pescoço
Quando o sol se põe...
Chegam alongados
Em suas sombras
Chegam cansados:
Vem de distantes
Castelos medievais
De longínquas catedrais
Conservam
Ainda
Sobre o branco
Reflexos de espelhos
E
De vitrais
Não pedem licença:
Invadem almas
Casas
Quintais
Se encontram
A mais leve receptividade
Não nos deixam
Nunca mais
Tenho dois fantasmas
De estimação:
Um velho e um
Moço
Cada um traz um laço
De fita vermelha
No pescoço
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Borboleta azul
Linda borboleta azul
De asas rasgadas
Sobrevoa
Ainda assim
As minhas flores
Enfeita meu jardim
E eu
(Borboleta
De asas intactas)
Será que felicito alguém?
Penso que não...
Ai de mim!
De asas rasgadas
Sobrevoa
Ainda assim
As minhas flores
Enfeita meu jardim
E eu
(Borboleta
De asas intactas)
Será que felicito alguém?
Penso que não...
Ai de mim!
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