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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Itaquera, me espera...


Itaquera
Me espera
Que domingo
Eu vou

Podes crer:
É certeza!

Tenho
Enconto marcado
Com
José Operário

Compromisso
Firmado:
Maluco Beleza
( Na rua
Murmúrios da Tarde )
E
Parque do Carmo

E quero
Comprar
Agasalho
Na feira

Ato contínuo
Degustar
Um pastel
De primeira
( Vinagrete:
Repolho
Cebola
Tomate-cereja )

Mais tarde
Quem sabe
No Sesc
Um show
Um passeio
No shopping

Caminhar pelo beco
Margear
Jacu-Pêssego

Contemplar
O teu verde:
Adoro ver-te!

( Post scriptum:
Por que não
Ainda
Um sarau? )

segunda-feira, 27 de junho de 2011

No front


De uniforme
Camuflado
Marcha
Perfilado
O exército:
Churrasco
Cerveja
Trufa
Bombom
Bala de côco
Bomba de chocolate

Do outro lado
Tropa de choque
Atiradores
De elite:
Sete ervas
Stévia
Sacarina sódica
Ciclamato

Declarado
O embate
A guerra
( Coisa
Sempre
Insana )

Ao final
De uma semana
Armistício
Trégua:
Caminho rápido
Para a rendição

( Enquete:
Que facção
Sairá
Vencedora? )

terça-feira, 21 de junho de 2011

Liturgia


O café
Está pronto

Posta
Está a mesa:
Toalha de crivo
Louça de friso
Café com leite
Pão com manteiga
Brevidade
Bolo de milho

Muito embora
Seja a cena
Assim
Tão meiga
Nada sabe
A café com leite
A pão com manteiga
A brevidade
A bolo de milho

Falta
Liturgia
Como se fosse
Missa
Em celebração
Leiga

Tudo retido
( Lá atrás )
Em redes
Em teias

Agora
É ouvir
Passarinhos
Em cujos pés
Pesam
Peias

domingo, 19 de junho de 2011

Carona


O céu
É feito
De três tons
De azul
E palha
E sépia

A aeronave
Passa
E traça
Rasto cinza
( Feito
De fumaça )
Ao qual
Se agarra
O meu sonho
Prata

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Corda bamba


Tão difícil
Andar
Na corda bamba
Conquanto
Sejam especiais
As sapatilhas
Ainda
Com auxílio
Da sombrinha

A mais suave
Brisa
É vantania
Libélula
É caça de guerra
Leve sopro
É tufão

Basta
Milimétrico
Deslize
E
O equilibrista
Se espatifa
No chão

( Concorda
Ser essa corda
Metáfora da vida? )

terça-feira, 14 de junho de 2011

Idiossincrasia


Dia sim
Dia não
Eu choro
Por
Quinquilharias
Emocionais:
Uma foto antiga
Uma carta aflita

No cair da tarde
Tritri de pardais

Por bagatelas
Locais:
Mussaenda
Murcha
Flor de bucha
Abrindo
Abelha
Zumbindo
Ao redor
( Tantos
Os motivos
Que nem sei
De cor )

Diferentemente
De quando
O fato
É grande
É amplo
Demais:

Os meus olhos
Secam
Desertam

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Apesar de tudo



A despeito
Do efeito
Das cinzas
Do vulcão
Chileno

Não obstante
A falta
Que sinto
Do tempo
Ameno
( A manhã
É fria
Feita de chumbo
De chuva
E de ventania )

Apesar
Do vazio
Que tem sido
A vida
( Trincada
Vasilha )

Ainda
Que eu sinta
O vibrar
Dos anéis
Da serpente
( Assustadora
Rodilha )

Ainda assim
De qualquer
Maneira
Acordei:
Estou viva!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Prisma-objetiva


É nocivo
O prisma-objetiva
Que carrego:
Amplia-me
Demais
O horizonte
A perspectiva
E
Perco-me
Em meio
Ao amplo
Espectro
De estrelas

A mim
Me bastaria
Um só brilho
De
Astréia

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Luzes de navegação


Dentro
De mim
Tudo obscuro
E
Nenhuma luz
Acesa
No navio
( Carregado
De tristeza )
Que trafega:
Nem o farol
Verde
A boroeste
Nem o vermelho
A bombordo

Nem os lumes
Brancos:
Nenhum
No mastro
De vante
Nenhum
No mastro
De ré

A embarcação
Navega
Às cegas
Neste mar
Amargo
Feito chá
De losna

Viagem de risco
Dramática
Perigosa