Este é o espaço onde pretendo registrar meus contos, minhas crônicas e meus versos. Relutei muito antes de criar coragem. Pensava:"Tudo já foi escrito.Tudo já foi publicado." Acontece, porém, que os pensamentos, os versos, as frases, as palavras , por modestos , por desimportantes que sejam, acabam constituindo um fardo muito pesado. Carreguei o meu até não poder mais. Exausta busquei um lugar onde deitá-lo. Encontrei aqui o sítio ideal.
Minha lista de blogs
quarta-feira, 31 de março de 2010
Permissão
Permita-se
Dançar
Um tango
Um bolero
Uma valsa
Usar
Uma joia falsa
Coentro
Em lugar de salsa
Em vez de barco
Balsa
Permita-se
Sorrir
Ainda que
A vida
Não tenha
Assim
Tanta graça
terça-feira, 30 de março de 2010
Galo-das-trevas
segunda-feira, 29 de março de 2010
Dúvida
Silêncio
E solidão
Perfeita
Combinação
Para levar
À loucura
A noite
É escura
O pio da coruja
Assusta
Ficar ou partir?
As ausências
Todas
Têm me chamado
Mas
O aqui
É concreto
E o acolá
Abstrato
Tenho medo
De tudo
Que não vejo
Porém
Se for para seguir
Que seja cedo
Com o sol
A despontar
Sei lá
Quanta senda
Quanta fresta
Quanta fenda
A me esperar
Será preciso
Enxergar
O grafite
Do destino
No traçado
Da lenda
Sobre a folha
Do tempo
Meu andar é tão lento...
domingo, 28 de março de 2010
Língua Portuguesa
sábado, 27 de março de 2010
Costura
sexta-feira, 26 de março de 2010
Dois tenores
Meio-dia
Suponho
Ser a hora
Menos provável
Para um galo
Cantar
A despeito
Deste meu
Pensamento
Um galináceo cantor
Das imediações
Emite
O seu canto
Por coincidência
(E para meu espanto)
Ouço
Ave Maria de Schubert
Na voz
De famoso
Tenor
(Deve ser um CD
Na casa
Do Valmor)
Os dois cantos
Simultâneos
Fazem o momento
Pungente
Penso
Em lugares
E gente
Vontade de partir...
quinta-feira, 25 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
Pôr-do-sol
Pelo retrovisor
Vejo
O pôr-do-sol
Nesta tarde
Mais do que
Bonita
O encanto
Exorbita
Minha alma
Quase que
Não acredita
Naquilo
Que o olhar
Registra
Acontece
Um incêndio
No céu
Nuvens
[ Labaredas
De um descomunal
Fogaréu ]
Devoram
O anil
Embevecida
Reflito
Sobre o papel
Que desempenho
Ante o palco
Desta vida:
Espectador
[ Estupefacto ]
Da obra
Do Artista
domingo, 21 de março de 2010
Verde
Cansada
Deste mister
De semiviver
Saí sem rumo
Caminhei...
Caminhei...
Não houve prado
Que eu
Não atravessasse
Vereda
Que não percorresse
Verde
De que não gostasse
Verde-água
Verde-azul
Verde-abacate
Verde-gaio
Verde-cré
Verde-esmeralda
Verde-musgo
Verde-cinza
Verde-negro
Verde-oliva
Verde-escuro
Verde-claro
Quanto verde!
Paleta irrecusável
Guardei tudo
No estojo
Da memória
E voltei
Não sem antes
Me embebedar
Com o vinho
Aveludado
Do verde mar
quinta-feira, 11 de março de 2010
Saudade
quarta-feira, 10 de março de 2010
Acinte
Não sou exatamente
Saudosista
Não superestimo
O passado
Ando
De braço dado
Com o novo
Quero sempre
Abraçar
A novidade
Tempo bom
É o tempo
Que se vive
Independentemente
Da idade
Fui feliz
Aos sete anos
E aos vinte
Espero
Com ansiedade
O ano seguinte
E assim será
Por toda
A eternidade
Mas devo confessar
Sou alvo de acinte
Por parte
Da velha praça
Da minha cidade
Ninguém mais
Que eu conheça
Alí passa
Pra que o dia
De domingo
Tenha graça
E eu possa
Como outrora
Recitar:
Bom dia, Dona Tereza!
Bom dia, Seu André!
Bom dia, Seu Castorino!
Bom dia, Dona Filé!
Sentei-me
Na sorveteria
Da esquina
Pra tomar
Um sorvete
De açaí
Ecolhi lugar
Bem estratégico
Uma ampla visão
Eu garanti
Via o pé
De jasmim-manga
Antigo
Via também
O pé de jaracatiá
O coqueiro
O oiti
Sibipiruna
O perfumoso
Manacá
Passou uma pessoa
Apressada
Pensei logo
Quem será?
Quem será?
Não era ninguém
Que eu sorrisse
E dissesse
Oi amigo
Como está?
A palavra saudade
É delicada
Parece estar caindo
Em desuso
Reluto
Quando penso
Empregá-la
Mas há
Ocasiões
Em que é preciso
Como no caso
Que eu contava
Acima
Sobre a tarde
Domingueira
Na sorveteria
Daria tudo
Pra dizer
(Por exemplo)
Boa tarde, Seu João Maria!
terça-feira, 9 de março de 2010
Tatuagem
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