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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

CONTAGEM REGRESSIVA


Ano velho
Pirilampo ferido
Lâmpada fraca
Quarenta velas
Se apagando

Em que pese
Ter havido
Algum
Desengano
Faço-lhe
Reverência
Curvando-me

Ano novo
Vigoroso
Holofote
Luz de LED
Jeito
Magnânimo
Vem chegando
Carregado
De promessas

( Que não sejam vãs
Sugere
Minha psique
Veterana:
Muitos anos
De janela )

quinta-feira, 15 de novembro de 2012


LANÇAMENTO DO TREM-BALA

Para não dizer que não registrei aqui a partida
do meu TREM-BALA que está correndo pelo mundo...
Na foto escrevo dedicatória para Maria Aparecida
Girotto, amiga querida, grande escritora prudentina.


TREM-BALA CORRENDO POR AÍ...

Queridos amigos

Quase um mês já se passou depois
do lançamento do meu TREM-BALA,
que aconteceu durante o 3° Salão
do Livro de Presidente Prudente.
Incompatibilidade com o blogger
impossibilitou-me a publicação
de fotos do evento...
Para adquirir um exemplar:
www.asabeca.com.br
ou
zeliaguardiano@hotmail.com

Abraço bem apertado para cada um de vocês...

terça-feira, 16 de outubro de 2012


TREM-BALA

Vida:
Trem-bala

Zzzzzzzzzz
Escala
Zzzzzzzzzz
Escala

Pega a mala
Pega a mala

Estação final

( Poesia inserida na apresentação do meu livro
TREM-BALA que será lançado no próximo sábado,
dia 20, às 18h00, durante o 3° SALÃO DO LIVRO
DE PRESIDENTE PRUDENTE )

sexta-feira, 28 de setembro de 2012


SETEMBRO VIROU AGOSTO

Segundo
Me lembro
Houve tempo
Em que
O mês
Setembro
Fazia florescer
Tudo

O jardim
De minha mãe
Florescia
Em margaridas

A chácara
De meu pai
Em palmas-de-santa-rita

O altar
De tia Ziza
Florescia
Em zínias

A saia
De emu vestido
Virava
Amsterdã:
Tulipas

Desgosto:
Setembro
Virou
Agosto


sábado, 25 de agosto de 2012


AMOR SOLÚVEL

Uma
Colherinha
Rasa
Sobre água
Clara
Basta

Amor rende

quarta-feira, 22 de agosto de 2012


ILUSÕES

Eu já quis
Ser
Flor-de-lis
Filha do rajá

Quis ser
Argentina
Dançar tango
Ser candango
Erigir
Brasília
Ser comunista
Na
União Soviética

Viver
Num país
Amarelo

Deus pensou
Coçou a cabeça
Bateu o martelo
E
Só me coube
Este canto
Onde cavo
Onde cravo
Unhas e dentes:
Quem sabe
Encontro
Veia poética

quinta-feira, 14 de junho de 2012



SOU FRACA

O dia frio
Escuro
Chumbo
Cenho fechado
Olha-me feio
Como se
Fosse
Eu
Culpada
Pelas
Mazelas
Do mundo

(Calma
Baby:
Não tenho
Tanto
Poder

Aliás
Nenhum

Caso contrário
Teria

Dependurado
Lá no alto
Um esplêndido
Sol)

domingo, 20 de maio de 2012

GUERRA


Muita vez
Caio
Num remoinho
Perverso
De versos
Fúteis
Frágeis
Inconsistentes
Baratos
E
Dentro
Desse fosso
Me debato
Em busca
De introito
De ápice
De fecho
Que sejam
Adequados
A poemas
Inacabados

A cada
Ano-luz
Sói acontecer
D'eu encontrar
De imediato
O que procuro
Mas
Via de regra
Permaneço
Por séculos
E séculos
Tateando
No escuro


Ai
Sina deletéria
Daquele
Que entra
Em confronto
Com a poesia
(Porque
Poesia
Antes de ser
Paz na terra
É guerra)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

RECURSOS


Um curativo
(Gaze
Mertiolate
Esparadrapo)
No coração
Uma sutura
Aqui
Acolá
Em toda
A extensão
Da alma
Repiração
Profunda
(Tentativa
De calma):
Quem sabe

Pra arrastar
A vida
Via de regra
Mala
Sem rodinhas
E sem alça

domingo, 8 de abril de 2012

COMEÇAR DE NOVO


Dá-me
Pai
Que eu consiga
Alcançar
Minha candeia
Que teima
Em lucilar
Por debaixo
Do alqueire

Que
Eu coloque
E mantenha
A luzerna
Acesa
Sobre
O candeeiro

Que eu tenha
Claridade
Para os pés
Liberto
O luzeiro

Que
Hoje
Ainda
Eu cumpra
Nesta vida
Meu dia
Primeiro

Dá-me
Renascimento

quinta-feira, 29 de março de 2012

INVENTÁRIO


Pronto

Uma cor
Um perfume
Um bicho

Um ator
Um lugar
Um disco

Um sabor
Uma árvore
Um dístico

Um clamor
Um filme
Um místico

Um fulgor
Uma palavra
Livros

Deus
No qual
Acredito

Alívio:
Posso
Resvalar
Para
O abismo

( Em tempo:
Uma flor )

terça-feira, 27 de março de 2012

LIBERDADE


Mera
Alamanda
Amarela
Tem o condão
De
Transformar-me
A óptica
Da vida

Tímida
Apenas
Semiaberta
De forma
Casual
Pousada
Na calçada
Usando
De sintética
Linguagem
Fala-me
Em surdina:
Desperta!
Liberdade
( Quem
Por ela
Não aspira? )
É
Somente
Ser

É ter
( Nesta manhã
E sempre )
Mente ampla
Alma aberta
Liberada atmã
Saída
Adequada
Ao que possa
Empecer

quarta-feira, 21 de março de 2012

AS HORAS


Ai
Essas
Longas
Noites
Manhãs
E tardes
Vazias:
Paredes
Revestidas
De espelhos
Multiplicam
Infinitamente
Os dias

Tempo
Não preenchido
( Ogro
Agourento )
Debate-se
Raivoso
De nada
Me valendo
Atar-lhe
As mãos
Colocar-lhe
Peias:
Ainda assim
Me agride
Me pisoteia

terça-feira, 13 de março de 2012

INVASÃO



Não posso negar:
Costumam
Passar-me
Pela cabeça
Pensamentos
Deletérios

Alguns
Até
Se fixam
No espaço
Anteriormente
Reservado
Para
O otimismo

Ignorando
A tabuleta
De aviso
Chegam
Tomam assento
Espreguiçam
Esticam
As pernas
Apoiam os pés
Sobre
A banqueta
Pedem
Uma água
Um café
Um chá
Um suco

Pernoitam
Em sono
Profundo
Enquanto
Sequer
Conto
Carneiros
( Por não tê-los )

Chorosa
Padeço
No deserto
E eles
Prosperam
Em terra
Montanhosa

sexta-feira, 2 de março de 2012

USINA


Hoje
É dia
De inventar
Alguma coisa
Pra dizer
Que
Ainda
Há vida:
Um quadro
Um verso
Uma comida
Uma corrida

Uma toalha
Tecida
Em nhanduti

Uma flor
De papel
E parafina

Uma visita

Esgrima

Uma lida
Qualquer
Que
Transforme
Tudo
Aquilo
Que está
Represado
N'algo
Que não seja
Lágrima

domingo, 26 de fevereiro de 2012

BAILE AZUL


Todos
Os tons:
Azul ultramar
Azul da prússia
Azul cerúleo

Assim
Coloriu-se
O seu espírito
Durante
Aquele baile
( Mergulho
Num mar
Feito
De felicidade )

Dançou
Com o seu
Príncipe
Sobre nuvens

Finda
A festa
A carruagem
Virou
Abóbora
E a moça
Ficou velha

Impressa
A história
A ferro
Quente
Na memória
Para não
Se perder
Tornou-se
Imagem
Estampada
Sobre tela

( Serve
De consolo
Para ela )

sábado, 28 de janeiro de 2012

SENDA


Tortuosa
Complexa
Tem sido
A senda

Meândrica
Induz-me
A pensar
Em
Sinuosidade
Cármica

Anárquica
Confunde-me
A rota

Caótica
Rompe
E reata
Aleatoriamente
A linha
Do tempo
A corrente
Atávica

A carótida
Pulsa:
Velocidade
Supersônica

Onde
A lógica?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MOMENTO


Três
Strelitzias
Lindas
De um vaso
Comum
De barro
( Comovidas
Com
O caso )
Vão
Conversando
Comigo
Enquanto
Varro
As lembranças
Pra
Debaixo
Do tapete:
Não quero
Morrer
De saudade

( Tudo
Culpa
Do retrato
Pendurado
Na parede:
Meu pai
Jovem
Sorridente
Olhando-me
Com ternura
Chamando-me
Para
O passado )

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

VIAGEM


A vida
É viagem
É voo:
Céu
De brigadeiro
Avião novo

Tapete mágico

Mas
( Como
A natureza
Não dá salto )
De vez
Em quando
Alvoroço
Sobressalto
Abalo:
Estol de badalo

sábado, 14 de janeiro de 2012

EXISTÊNCIA


De vez
Em quando
O teto
Desaba
Mas não
Completamente:
Ficam
As vigas

Talvez
Por isso
Valha a pena
A vida

Existência:
Obra
Inacabada

Sempre
A placa:
Aqui
Se trabalha

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

SER INVISÍVEL


Tão bom
Não ser nada
Não ser ninguém

Apenas
Um zero
À esquerda

Invisível

Gentes
Atravessam-me
Quando
Por elas
Passo:
Nenhuma
Resistência
Faço
Àqueles
Que têm
Pressa

Meu tempo
É infinito
Pois que
Nunca
Jamais
Cogito
Chegar
A lugar
Nenhum

[Já aportei
Há tempo
Onde era
Necessário:
Num tal
De
Planeta
Terra
Sitio em que
Expio erros
(Quem sabe?)
E vou
Cometendo
Outros
Enquanto
Espio
A guerra ]

domingo, 8 de janeiro de 2012

PROCURO-ME


É
De manhã
Bem cedinho

As poucas
Pessoas
Domingueiras
Passam
Por mim
Rumo
À igreja
Rumo
À feira

Atípico
É
O meu caso:
Vou
Ao meu encalço

( Será que me acho? )

sábado, 7 de janeiro de 2012

REVELAÇÃO


Bem
No fim
Do caminho
Uma porta
Corrediça
Incansável
No
Abre-e-fecha
Para
Toda sorte
De segredo

Orientação:
Acione
O botão
Para destravar

Sigo
Devagar:
Medo
Que
O mistério
Se revele
Inteiramente
E me trague
Tal qual
Areia
Movediça

Ao ouvir
O clic
Tento recuar
Mas
Já se ergueu
A ponte
Levadiça:
Não dá mais
Para voltar

Ai

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

DUAS LÁGRIMAS


Sibipiruna
Da rua
Morreu

Motosserra
Chega
Sorridente
Mostrando
Os dentes
Fazendo chiste
Fazendo acinte
Para
Bem-te-vi
Que
Triste
Chora
Duas
Grossas
Lágrimas

Nada
O
Consola

( Alamanda
Já tentou de tudo
Em vão )

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

ANO NOVO


Pronto!
Ano Velho
Já se foi:
Bengala
Chapéu na mão
Desapareceu
Lá na curva
Do caminho

Ano Novo
Tomou assento:
São seus
O cetro
A coroa
O trono

Instalou-se
Outro tempo
No qual
Antevejo
Advento
De
Maravilhas
Permeando
A vida
De cada
Amigo
Meu

( O Pai
Veio junto
Para semear
Prodígios

Tenho certeza )