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sábado, 28 de janeiro de 2012

SENDA


Tortuosa
Complexa
Tem sido
A senda

Meândrica
Induz-me
A pensar
Em
Sinuosidade
Cármica

Anárquica
Confunde-me
A rota

Caótica
Rompe
E reata
Aleatoriamente
A linha
Do tempo
A corrente
Atávica

A carótida
Pulsa:
Velocidade
Supersônica

Onde
A lógica?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MOMENTO


Três
Strelitzias
Lindas
De um vaso
Comum
De barro
( Comovidas
Com
O caso )
Vão
Conversando
Comigo
Enquanto
Varro
As lembranças
Pra
Debaixo
Do tapete:
Não quero
Morrer
De saudade

( Tudo
Culpa
Do retrato
Pendurado
Na parede:
Meu pai
Jovem
Sorridente
Olhando-me
Com ternura
Chamando-me
Para
O passado )

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

VIAGEM


A vida
É viagem
É voo:
Céu
De brigadeiro
Avião novo

Tapete mágico

Mas
( Como
A natureza
Não dá salto )
De vez
Em quando
Alvoroço
Sobressalto
Abalo:
Estol de badalo

sábado, 14 de janeiro de 2012

EXISTÊNCIA


De vez
Em quando
O teto
Desaba
Mas não
Completamente:
Ficam
As vigas

Talvez
Por isso
Valha a pena
A vida

Existência:
Obra
Inacabada

Sempre
A placa:
Aqui
Se trabalha

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

SER INVISÍVEL


Tão bom
Não ser nada
Não ser ninguém

Apenas
Um zero
À esquerda

Invisível

Gentes
Atravessam-me
Quando
Por elas
Passo:
Nenhuma
Resistência
Faço
Àqueles
Que têm
Pressa

Meu tempo
É infinito
Pois que
Nunca
Jamais
Cogito
Chegar
A lugar
Nenhum

[Já aportei
Há tempo
Onde era
Necessário:
Num tal
De
Planeta
Terra
Sitio em que
Expio erros
(Quem sabe?)
E vou
Cometendo
Outros
Enquanto
Espio
A guerra ]

domingo, 8 de janeiro de 2012

PROCURO-ME


É
De manhã
Bem cedinho

As poucas
Pessoas
Domingueiras
Passam
Por mim
Rumo
À igreja
Rumo
À feira

Atípico
É
O meu caso:
Vou
Ao meu encalço

( Será que me acho? )

sábado, 7 de janeiro de 2012

REVELAÇÃO


Bem
No fim
Do caminho
Uma porta
Corrediça
Incansável
No
Abre-e-fecha
Para
Toda sorte
De segredo

Orientação:
Acione
O botão
Para destravar

Sigo
Devagar:
Medo
Que
O mistério
Se revele
Inteiramente
E me trague
Tal qual
Areia
Movediça

Ao ouvir
O clic
Tento recuar
Mas
Já se ergueu
A ponte
Levadiça:
Não dá mais
Para voltar

Ai

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

DUAS LÁGRIMAS


Sibipiruna
Da rua
Morreu

Motosserra
Chega
Sorridente
Mostrando
Os dentes
Fazendo chiste
Fazendo acinte
Para
Bem-te-vi
Que
Triste
Chora
Duas
Grossas
Lágrimas

Nada
O
Consola

( Alamanda
Já tentou de tudo
Em vão )

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

ANO NOVO


Pronto!
Ano Velho
Já se foi:
Bengala
Chapéu na mão
Desapareceu
Lá na curva
Do caminho

Ano Novo
Tomou assento:
São seus
O cetro
A coroa
O trono

Instalou-se
Outro tempo
No qual
Antevejo
Advento
De
Maravilhas
Permeando
A vida
De cada
Amigo
Meu

( O Pai
Veio junto
Para semear
Prodígios

Tenho certeza )