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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

HORA DE PARAR


Hora de parar
Bater
Em retirada

Ter
Por modelo
Triste-pia:
Findo o sorgo
Retorno
Urgente
Rumo
Ao Canadá

Panapaná
Assinala:
Já não sabe
Mais
Como inspirar
Poesia
( Cansada
Como está
Do voar
Voar
Do sugar
Sugar
Minerais
Da terra
Fria )

Guerra
À teimosia:
Andorinha
Sente-se
Patética
Na inglória
Tentativa
De auxiliar
O vate
Na sua
Pobre
Produção
Poética

O mesmo
Valendo
Para
As flores:
Hortênsia
Esporinha
Azaleia

Hora de parar:
Até um dia

domingo, 25 de setembro de 2011

VENTOS UIVANTES


O domingo
Trouxe
Consigo
Fortíssimo
Vendaval

Mais
Nenhuma
Flor
Na sibipiruna
Mais
Nenhuma roupa
No varal

Nenhum
Resquício
De vida
Que seja:
Sequer
O ninho
Da harpia
Na ruína
Da igreja

Sinto-me
Uma
Catherine
Sem Edgar
Sem
Heathcliff
Sem ego
Superego
Ou id

Quem
Projetou
O dia
Foi
Emily Brontë

sábado, 24 de setembro de 2011

MANHÃ


Manhãs
Claras
Ensolaradas
Assim
Mexem
Demais
Comigo

Trazem-me
Sempre
Alegria

Esta
Por exemplo
Dá-me
Um melro
De asas
Pardacentas
A sobrevoar
A alameda
Num farfalhar
De seda

E
Como se
Não bastasse:
Uma coruja
Na cornija
A avaliar
A vida

( De quebra:
Três
Estrelítzias
Lindas
No canteiro
Da avenida )

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

PRIMAVERA


Primavera
Chegou
Ainda
Agora

Veio
Acompanhada:
Maria-sem-vergonha
Lágrima-de-nossa-senhora

Hora de conferir:
Simbora!
Bora...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O TEMPO VOA


Os dias
Vão
Chegando
E
Caindo
Um a um
Dentro
De um
Alçapão:
Têm
Por destino
Gaiola
Onde
Se debatem
Em vão

terça-feira, 20 de setembro de 2011

LUZ DE VELA


Uma luz
De vela
Me bastaria:
Projetaria
A sombra
Da alegria
Por sobre
O sítio
Da tristeza

Ademais
Mazelas
Acumuladas
Em cima
Da mesa
Uma vez
Semivisíveis

Seriam
Passíveis
De limpeza

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

OBSTÁCULO


Desci
Dos himalaias
Para
As profundezas
De um mar
Morto

Sem direito
A passsagem
Pelas
Oliveiras
Do horto

Há tantas
Maneiras
De
Não se chegar
A porto
Que seja
Seguro

Entre nós
Intransponível
Muro

domingo, 18 de setembro de 2011

NEGÓCIO


Tratei
Negócio
Com o sol:
Domingo
Seis e trinta
Na feira
Do rolo

Vou mais cedo

Levo bornal
Cheio:
Tristeza
Mazela
Agonia

Terei
Riso
Entusiasmo
Alegria
Como troco

(Astro-rei
É mineiro:
Olha ele
Me esperando
Na esquina...)

sábado, 17 de setembro de 2011

SAUDADE


Tive
Uma vez
Um vestido
Laranja
Com tulipas
Azuis

Credo em cruz:
A saudade
Me reduz
A mera
Poeirinha
Cósmica

Não sem
Antes
Me impingir
Uma chávena
Bem cheia
De amaro
Chá de losna

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

DOUBLE FACE


Tão rústica
A vida
E
Ao mesmo
Tempo
Tão
Melindrosa:
Aspecto
De cacto
Essência
De rosa

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

PALAVRAS


Algumas
Palavras
São doces
Leves
Claras

Outras
Amargas
Pesadas
Escuras

Muitas
Nos trazem
Transtorno
Causando
Incõmodo
Mais
Do que
A baba
Viscosa
Do dragão
De Komodo

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

ROTA 66



Sessenta
E
Seis anos
Desembarquei
No planeta

Cegonha
Planou
Aterrisou
E me deixou
Numa casa
Sem janelas
Só uma porta
( Minúcia
Que
Não importa:
A despeito
Da sina
Descumprida
Da lenda
Rechaçada
Cá estou )

Agora
É achar
Uma senda
Que constitua
Bom caminho
De volta

terça-feira, 13 de setembro de 2011

VIDA


A vida
É fácil
De ser
Vivida
Desde que
Se saiba:
Não existe
Abre-te Sésamo
Nem
Abracadabra

E
Pode ser
Até
Bela
Quando
Se inventa
Justificativa
Para ela

( A vida
É feita
De álibi )

domingo, 11 de setembro de 2011

CAMINHADA


Caminho
Por honra
Da firma

Nada me
Anima
Além da
Constatação:
Sobra-me
Corpo
Falta-me
Alma

Então
É preciso
Marcha

sábado, 10 de setembro de 2011

ALTERNATIVA


Queria
Que existisse
Um vice-eu
Que agisse
Certo
Enquanto
Eu dormisse
Errado

Que apagasse
Dos dias
Os tons
Cinzentos

Que pusesse
Ordem
Nos meus
Pensamentos

Que soubesse
De cor
E cumprisse
Os dez
Mandamentos
( Ou
Pelo menos
Cinco )

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

TEMPO ESGOTADO



O tempo
Apronta
O tempo
Afronta

O tempo
É do contra

O tempo
Não conta
Até dez

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MEDOS


São tantos
Os medos
Escondidos
No fundo
Do porão

Vez por outra
Afloram
Dentro de um
Caleidoscópio
Feito só
De cacos
De vidro
Negro

terça-feira, 6 de setembro de 2011

SEM MAGIA O QUE SERIA A VIDA?


Ontem, a minha querida amiga Irene, do blog SEM MAGIA O QUE SERIA A VIDA? poporcionou-me enorme alegria, ao postar, não só uma poesia de minha autoria, mas também matéria de divulgação do meu livro POESIA COMBINA COM TUDO, com fotos, alguns dados biográficos , palavras de estímulo, enfim, um pacote para me fazer muito, muito feliz!!!
Uma forma ideal de agradecimento, não a tenho,Irene, mas sei que Deus encontrará a maneira mais adequada para recompensá-la!
Para aqueles que queiram conferir : intemporal-pippas.blogspot.com

domingo, 4 de setembro de 2011

Chuva


Como o cão
De Pavlov
Respondo
Ao estímulo:
Não salivo
Mas lacrimejo
Sempre
Quando chove

Chuva
É campainha:
Muita vez
Sofri
Enquanto
Chovia

sábado, 3 de setembro de 2011

INVERNO


Um vento
Incidioso
Facínora
Sibila
Tal qual
Fria víbora
Ao ser
Perturbada
Atingida
No seu repouso
Animal

Silencia-me
Os ais gritalhões
Detidos
No fundo
Do espírito
Sítio cortante
Incisivo
Rodeado de grilhões

É preciso
Mudar
A estação
Requestar
A presença
De um sol
Que ative
Em labaredas
A borralha
Da velha ilusão

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Viagem


Minha psique
Partiu
Em viagem
Transatlântica
Por um mar
Todo feito
De saudade:
Uma vez
Ou outra
Calmaria
Via de regra
Torrente
Tempestade

Fez escala
Aqui
Ali:
Continente
País
Cidade

A alguns lugares
Chegou muito cedo
Noutros
Aportou
Quando
Já era tarde

( Demais... )