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sexta-feira, 28 de setembro de 2012


SETEMBRO VIROU AGOSTO

Segundo
Me lembro
Houve tempo
Em que
O mês
Setembro
Fazia florescer
Tudo

O jardim
De minha mãe
Florescia
Em margaridas

A chácara
De meu pai
Em palmas-de-santa-rita

O altar
De tia Ziza
Florescia
Em zínias

A saia
De emu vestido
Virava
Amsterdã:
Tulipas

Desgosto:
Setembro
Virou
Agosto


25 comentários:

Unknown disse...

há de desvirar e dançar o vira das flores, virá


abraço

Luis Filipe Gomes disse...

Querida Zélia em 23de Julho fiz um envio postal com algumas ilustrações. Era um rolo de papel, embalagem reciclada de uma garrafa de Porto, com tampa metálica nas extremidades. O envio foi registado com a identificação seguinte: RR 9332 8352 5 PT .
Quando faço a pesquisa nos correios portugueses a encomenda foi entregue em Curitiba em 27/07/2012 que pelo que eu percebi de encomendas anteriores é um centro de triagem de correio internacional, a partir daí não há mais informação. Por favor diga-me se recebeu, e em caso negativo veja se lhe é possível inquirir os correios brasileiros. Beijos.

Nadine Granad disse...

Ahhhhhh, amei!!!

Só não gostei de algo: está certa! Cadê nossa primavera??? rs...

Beijo grande =)

Bípede Falante disse...

e vem assim uivando feito cachorro louco!!

beijoss

Zélia Guardiano disse...

Amém, assim seja, Assis, amigo, grande poeta! Abraço

Zélia Guardiano disse...

Oh, amigo Luis Felipe... Não me chegou... Vou procurar em nossa agência de correio. Ficarei muito feliz caso encontre! Já era para ter chegado, em condições normais...De posse do número da remessa, vou otimista! De qualquer maneira, muito, muito grata, Luis! Assim que tiver informação, comunico-te... Abraço preenchido de amizade

Em tempo: dia 20 de outubro lançarei meu novo livro TREM-BALA. Podes aguardar, amigo...

Zélia Guardiano disse...

Ai, ai, ai, ai, ai, amiga Nadine...rsrsrsrs...Cadê??? rsrs...
Obrigada, querida, pela visita e pelas palavras deixadas...Abraço carinhoso

Zélia Guardiano disse...


Realmente, amiga Lelena! Boa comparação, querida: cachorro louco...rsrsrs... Mil beijos

Dilmar Gomes disse...

Amiga Zélia, eu estava sentindo saudade da musicalidade da tua poesia. Concordo contigo, setembro virou agosto. Aqui no sul, justamente no fim de setembro voltou o inverno com um frio fortíssimo, sendo que na 3ª e 4ª feira a temperatura em Porto Alegre andou perto de zero e em algumas cidades da serra gaúcha caiu neve. Um abração. Tenhas um lindo fim de semana.

Al Reiffer disse...

É, e talvez outubro também tenha virado, amiga. Excelente poema, fundo em sua melancolia. Abraço!

Fred Caju disse...

SINTO QUE O MÊS PRESENTE ME ASSASSINA

Sinto que o mês presente me assassina,
As aves atuais nasceram mudas
E o tempo na verdade tem domínio
sobre homens nus ao sul das luas curvas.
Sinto que o mês presente me assassina,
Corro despido atrás de um cristo preso,
Cavalheiro gentil que me abomina
E atrai-me ao despudor da luz esquerda
Ao beco de agonia onde me espreita
A morte espacial que me ilumina.
Sinto que o mês presente me assassina
E o temporal ladrão rouba-me as fêmeas
De apóstolos marujos que me arrastam
Ao longo da corrente onde blasfemas
Gaivotas provam peixes de milagre.
Sinto que o mês presente me assassina,
Há luto nas rosáceas desta aurora,
Há sinos de ironia em cada hora
(Na libra escorpiões pesam-me a sina)
Há panos de imprimir a dura face
À força de suor, de sangue e chaga.
Sinto que o mês presente me assassina,
Os derradeiros astros nascem tortos
E o tempo na verdade tem domínio
Sobre o morto que enterra os próprios mortos.
O tempo na verdade tem domínio
Amen, amen vos digo, tem domínio
E ri do que desfere verbos, dardos
De falso eterno que retornam para
Assassinar-nos num mês assassino.


(Mauro Faustino)

Gustavo disse...

Essa vida que passa numa velocidade louca. Os dias tem mesmo 24 hs? Não sei se o tempo mudou ou nós mudamos de tempo... Sua poesia me remeteu a tempos em q eu contemplava mais as pequenas coisas da vida que de pequenas não tem absolutamente nada. Lembranças memoráveis... Agradeço sua poesia tão gostosa de ler e viver...

Parabéns e beijos!

Zélia Guardiano disse...

Dilmar, amigo, grande poeta!
Acho que , definitivamente, o blogger fez as pazes comigo... Assim seja, para que eu não me afaste mais daqui, do convívio com os amigos, das visitas que tanto me enriquecem...
Abraço preenchido da gratidão de sempre!!!
Abraço ensolarado...

Zélia Guardiano disse...

É isso mesmo, amigo Reiffer! Talvez outubro também, e novembro , e dezembro... Quem sabe seja agosto, ele sim, o mais cruel dos meses, e não o abril de Eliot...
Abraço apertado, meu grande poeta!!!

Zélia Guardiano disse...

Lindeza de presente, meu querido Fred, sempre amigo, magnifico poeta!!!
Um mês assassino, dentro do tempo, senhor de vastos domínios...
Muito, muito grata!!!
Abraço ensolarado

Zélia Guardiano disse...

Você não imagina quão gratificada eu me sinto, lendo as suas palavras, amigo Pablo! Observo que vale a pena abrir a alma...Que vale a pena recolher cavacos do cotidiano e com eles tentar o fogo...
Muitíssimo grata!
Abraço apertado

Diana L. Ramos disse...

Zélia minha amiga querida, que bom que estás nos presenteando novamente com tuas lindas poesias!
Beijoss

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

A gente esperava setembro, pelas flores que trazia consigo.
Que lindo, transformar a lembrança em
poesia...
Um abraço, Zélia.

dade amorim disse...

Como te dizia lá no face, é mesmo um desgosto, e dá saudade dos setembros de outrora.

Beijos, querida.

Breve Leonardo disse...


[a palavra, esse intenso jardim

guardado nos segredos da estação:
o mês que se atrasa ou não vem mais,

talvez voltando para trás, como alguns dos rascunhos do tempo.]

um imenso abraço, Amiga Zélia

Leonardo B.

Luiza Maciel Nogueira disse...

lindo demais Zélia, amo a diversidade de seus poemas, como se eles abrissem novos olhares sob as coisas, tão belos

beijos

Domingos Barroso disse...

as portas e o vento são cúmplices
e loucos
...


beijo carinhoso,
altíssima poeta!

José María Souza Costa disse...

Estimada, Zélia
O cantar da vida, esta sempre a nos convidar a observar as adversidades. Beijos pra voce, querida.

Tania regina Contreiras disse...

Zelinha, eu também me perdi nas estações. E a primavera era só festa, eu tinha, na infância, inúmeras flores no jardim da casa. Setembro já não é mais o mesmo, concordo.
Beijos, querida.

Carol Freitas disse...

Zélia,

Há tempos não passava por aqui para dar uma olhada em seus escritos. Que bom. Pq passei hj e o deleite de seus poemas preencheram todo o tempo esquecido.

Uma riqueza. Tudo.

Um abraço carinhoso.