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quarta-feira, 29 de março de 2017

DOBRADURA


Fosse dobrável
A melancolia
Dela eu faria
Um tsuru
Uma garça
Um grou
Algo que voasse
Pra longe
(Mas garanto
Que choraria:
Gosto tanto de bicho)

5 comentários:

Marta Vinhais disse...

Esse "coisa" que nos faz sentir um vazio...
Mas depois encontra-se a coragem para voar....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

Zélia Guardiano disse...

Eu, sim, devo agradecer, Marta! Deixas-me palavras tão boas... Forte abraço e beijos com carinho.

Luis Filipe Gomes disse...

Muito pequeno aprendi que poesia era falar de passarinhos. Perguntei se era falar das dores dos passarinhos. Disseram-me que não que os passarinhos não tinham dores. Mais tarde pensei que a filosofia era quem tratava das dores dos passarinhos ou talvez os veterinários. Mas não, hoje sei que são os poetas que tratam as dores: as nossas e as das aves. Poetas como tu Zélia. Beijos.

Pedrita disse...

belo poema, adoro origami. beijos, pedrita

Zélia Guardiano disse...

Oh, meu querido Luis Felipe... São comentários como este, teu, que me estimulam sobremaneira, fazendo com que , cada vez mais, eu insista na labuta com os versos. Cada palavra tua é pra mim ferramenta e, ao mesmo tempo, matéria-prima. Deixo-te aqui um abraço imenso, repleto de gratidão, meu sempre amigo.