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sábado, 17 de julho de 2010

História banal de passarinho


Alguém
[Com uma
Pedrada]
Quebrou-lhe
A asa:
Agora
Ele se
Estorce
No chão

O gato
[Mal
Intencionado]
Avança
Em sua
Direção

Corro:
Resgato-o
Salvo-o
Trato-o

O tempo
Passa
Rápido:
Logro
Pô-lo
Novinho
Em folha

Conquanto
Seja
Um mero
Passarinho
Mostra-se
Grato
Pelo fato
De
Sentir-se
Inteiro
Como
Dantes:
Alegremente
Pipia

Levo-o
Ao ar livre
Coloco-o
Na palma
Da mão
E ele
Não se faz
De rogado:
Alça
Vôo

Lá se vai
[Entusiástico]
Ruflando
As asinhas

Ai...
Que faço
Agora
Que foi
Embora
Minha
Avezinha?

Tenho medo
Do vazio
Que
Recairá
Sobre
Os meus
Dias

Medo
Da
Solidão
Que se
Avizinha

[Por favor
Volta
Corruíra...]

62 comentários:

Unknown disse...

"O amor é uma corruíra no jardim - de repente ela canta e muda toda a paisagem". Dalton Trevisan


abraço

Sueli Maia (Mai) disse...

Talvez porque não temem, as aves voam.
Nos versos, os poetas também o fazem.

gestos de cuidar me enternecem, Zélia, sempre.

abraços

Sueli Maia (Mai) disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
silvia zappia disse...

el avecita
está
en
vos*

mil besos,Zélia*

AC disse...

Conceder a liberdade a um qualquer ser é um privilégio. Talvez um pouco de si fosse com a avezinha...

beijo

Osvaldo disse...

Zélia;

Os passaros são como o Amor, precisam de espaço, de contrário sufocam. Por isso, não pode haver amor sem liberdade.
bjs, Zélia.
Osvaldo

Tania regina Contreiras disse...

Zélia, você fala da solidão usando ternuras...e fica a beleza. Sempre aolho seus versos, minha amiga, bem na minha alma.
Beijos,
TÂnia

MariaIvone disse...

Voçê tem asas, porque não voar?
Beijos

Unknown disse...

O passarinho passou para
deixar-te uma canção,
ainda que fragilizado, por
causa de um gato danado.
Enquanto você dele cuidava
ele te presenteava com a sua
companhia.
História nada banal,
por não ser ela casual.
Será que se caisse noutro quintal
haveria de alguém lhe poupar
o mal?
A ciurruira, saiu feliz,
cantar pelos ares da vida
bateu asas e voou deixando
alguém na saudade, que devolveu-lhe
a vida...

Sempre tão inspirada essa minha amiga.
Gosto muito Zelia de sentir teus
escritos. Te vejo tão transparente
riscando com as tuas belas asas,
os teus versos, tão bonito...

Lindo domingo pra ti

bjs

Livinha

IVANCEZAR disse...

Que de banal nada tem,
Nem no final , e tampouco
no afinal ...
Beijos sulinos !

Cida disse...

Essa linda histórinha pode ser tudo, amiga, menos "banal".

Outro dia, achei uma avezinha caida aqui no pátio do prédio. Era tão filhotinho (não cheguei a descobrir de onde caiu), carreguei-a com todo cuidado para casa, tentei cuidar dela, mas por ser tão novinha (e não me reconhecendo como mãe), no dia seguinte já havia alçado voo para o "céu dos passarinhos".
Te garanto que me entristeci, pois não é nada fácil assistir a morte de uma criaturinha dessas.

Já reparou a facilidade com que adotamos os seres, deixamos que façam morada no nosso coração, e depois sofremos quando se vão?

Melhor assim, não é amiga? Mil vezes melhor amar e sofrer, do que não conhecer o amor.

Prá você, todo o meu afeto, em forma de um abraço. Tenha um domingo de luz!

Cid@

Batom e poesias disse...

Zélia,
A avezinha deixou-te de presente a inspiração para um lindo poema.
Que ela se vá pois o destinos dos pássaros é voar. Outros "pássaros" virão para preencher o vazio e você nos presenteará com novos e belos poemas.

beijos
Rossana

Rodrigo Braga disse...

Amar não é difícil, difícil é nos libertar de sermos humanos. Como dizia o filósofo: "Humano, demasiado humano..." Amar e sermos egoístas com o objeto amado é o que sabemos de afeto. Termino a imagem do seu poema lembrando o poeta Antonio Cícero: "Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro do que um pássaro sem vôos."

Um bjo!
Lindo poema!

Fernando Campanella disse...

Que lindo, Zélia, um eco de Cecília Meireles, mas tão voz de Zélia. Adorei, e existe tanta ternura nas entrelinhas. E gosto de ver teu rosto tão simpático aqui em teu blog também, minha já querida amiga.
Grande abraço, ótimo domingo pra vc.

Anônimo disse...

Parece que tudo o que cuidamos com cautela uma hora alça voo. Triste realidade, mas necessária.

Delicado poema, como vc, Zélia!

Beijos.

Vitor Chuva disse...

Olá Zélia!

O amar não é acto de posse, não deve ser egoista. E "dar" liberdade àqueles quem amamos é um gesto nobre e generoso, ainda que com isso fiquemos mais sós, desejando, talvez, incofessadamente,que essa liberdade fosse recusada ...

Abraço amigo.
Vitor

Úrsula Avner disse...

Oi Zélia,

quanta delicadeza em seus melodiosos versos com rimas cantadas... Um poema sonoro, de intensidade lírica admirável. Bj,

Úrsula

Marcantonio disse...

Eu enxotando as metáforas de pássaros e você abrindo o seu poema para elas! Tenho até vergonha da minha secura.

É tão comovente e terno, e com aquela humanidade que transparece sempre nos seus poemas. A Tânia definiu muito bem.

Muito bom de ler!

Grande abraço, Zélia.

Ribeiro Pedreira disse...

ainda sou filho e sei que assim também somos nós, tratados para o mundo. o nicho vazio ainda é um tormento aos que cuidam.
bjs, querida Zélia, e obrigado pelo carinho sempre!!!

Anônimo disse...

ando me sentido um passaro assim com asas machucadas, mas sua poesia me deu voo novamente, não se preocupa eu sempre volto

=)


beijo
G

Diana L. Ramos disse...

Zélia, linda poesia!
Aconteceu literalmente comigo o que voce colocou nela rs, foi um Bem-te-vi, cuidei e amei o bichinho, no dia de soltar..fiquei muito triste, tive medo de me sentir mais só sem ele, mas enfim,o deixei ir e ele se foi feliz e pasme!senti um calorzinho bom no coração...É verdade que a alegria daqueles que amamos nos faz bem não é? e sabe...ele voltou várias vezes ao meu quintal por muito tempo seu nome era Amadeus rs

Carmem Salazar disse...

Oi Zélia! Só hoje vi teu comentário sobre o poema do Saramago, lá no Poesia Experiência. Apareça no meu blog, também, quando quiser.

um abraço.

Jorge Pimenta disse...

quem olha os mundo e os outros com a ternura e a sensibilidade com que o fazes, jamais se sentirá só. ah, e as aves não voarão, nunca, para muito longe...
um beijinho, doce amiga!

Zélia Guardiano disse...

Meu sempre amigo Jorge
Cuidado! rs... Tuas palavras podem levar-me à crença de que sou isso tudo que dizes...rs...
É sempre uma alegria enorme tê-lo aqui, querido!
Beijinho!

Zélia Guardiano disse...

Obrigada, Carmem!
Adorei sua visita!
Estive no seu blog, adorei e sigo-a...
Abraço

Zélia Guardiano disse...

Diana, querida
Já lhe disse uma vez que tenho-a como filha...
E é verdade!
Temos uma sintonia fina!
Que bom!
Adorei a visita, querida...
Beijo

Zélia Guardiano disse...

Ah, querido Geraldo!
Você é demais: um pássaro que vive a cantar para alegrar a nós outros...
Fico muito feliz quando você voa até aqui...
Beijo, amigo!

Zélia Guardiano disse...

Ribeiro querido
Você é filho , e bom filho... Lembro de ter postado um comentário sobre esse tema, há algum tempo, no seu blog. N época, gostei muito de observar seu sentimento com relação aos pais. Lembra-se?
Enorme abraço, querido!

Zélia Guardiano disse...

Amigo Marcantonio
Semana passada houve uma revoada de passarinhos por entre nossos blogs... Foi tema constante...Isso significa que andamos harmonizados, numa sintonia fina...
Grande abraço!!!

Zélia Guardiano disse...

Obrigada, Úrsula querida!
Sua presença tem sempre a leveza do vôo de um passarinho...
Grata pelas doces palavras!
Grande beijo...

Zélia Guardiano disse...

Amigo Vitor
Você traduziu maravilhosamente o meu pensamento: oferecemos a liberdade , enquanto rezamos para que seja recusada...
Sua sensibilidade é sempre impressionante!
Enorme abraço, amigo, preenchido de gratidão...

Ives disse...

Olá, muito grato pela sua visita, já estou te seguindo, vc pode ser a minha seguidora de numero 100 rss abraços

Zélia Guardiano disse...

Larinha, minha querida poeta
Palavras positivas, vindas de você, tem o valor de ouro...
Muito, muito grata, querida!
Imenso abraço!

Zélia Guardiano disse...

Fernando, meu querido amigo!
Muito me emociona esta chuva de lindas palavras que me lava a alma...
Fico feliz com o comentário, que me estimula !
Um enorme abraço!

Zélia Guardiano disse...

Sua visita é pura alegria, Rodrigo...
Gosto quando o vejo aqui, com este seu jeito feliz de ser!
Você me traz sempre boas palavras...
Que bom!
Enorme abraço, meu querido!!!

Zélia Guardiano disse...

Rossana querida
Você me traz consolo, dizendo que outros passarinhos virão...
Acredito em você e fico na expectativa, para voltar a ser feliz...
Enorme abraço, minha linda!

Zélia Guardiano disse...

Com a maior alegria, Ives!
Vou correndo até lá, para me inscrever!!!
Grande abraço

Anônimo disse...

Vc sempre me emociona Zelia!
Bjs.

poetaeusou . . . disse...

*
lindo amiguinho
lá se pirou
e não se passou
como um passarinho!
,
conchinhas.
,
*

Paulo Jorge Dumaresq disse...

Zélia, essa letra-poema do Secos & Molhados dedico a você e à sua alta poesia. Pouco, mas é o possível no momento. Abraço, amiga.

Vôo (João Ricardo - João Apolinário)

O bico da ave
Da ave que voa
É a proa da nave
Da nave que voa
As vigias da nave
Da nave que voa
São os olhos da ave
Da ave que voa
O coração da ave.
Da ave que voa
É o motor da nave
Da nave que voa
As asas da nave
Da nave que voa
São as asas da ave
Da ave que voa
A alma da ave
Da ave que voa
É a alma do homem
Do homem que voa

Rafael Castellar das Neves disse...

muito boa essa mistura de fatos e cenas...gostei da forma que vc deu!!

[]s

MariaIvone disse...

Zélia, bandos de pássaros voarão preenchendo o vazio que essa avezinha deixou.

Mimos

Zélia Guardiano disse...

Amigo Paulo Jorge
Que presente maravilhoso me trazes!
Mais do que um presente... Nem sei classificar...
Você sabe alegrar uma amiga, tenha certeza disso!
Muito grata, meu querido!!!

Zélia Guardiano disse...

Contagotas querida
Muito grata pelas palavras de ânimo...Preciso muito desses bandos...rs...
Enorme abraço, minha amiga!

Zélia Guardiano disse...

Oh, Rafael!
Seja muito , mas muito bem-vindo!
Adorei sua visita.
Venha sempre...
Abraço

Zélia Guardiano disse...

Oh, meu querido amigo Poeta
Sempre alegre , bem humorado, vens trazendo palavras de ânimo!
Muito grata!
Enorme abraço...

Zélia Guardiano disse...

Cida querida
Fico feliz porque não encontraste banalidade no meu cuso de hoje...rs...De tão simplezinha, não coloquei muita fé, mas se você gostou, eu também gosto... Pronto!!!
Beijo,minha querida...

Zélia Guardiano disse...

Ivancezar querido
Vens do sul tão gelado, mas trazes palavras que aquecem...
sua presença é fundamental aqui!
Muito grata, amigo...
Grande abraço

Zélia Guardiano disse...

Livinha, minha querida amiga
Sua visita não é uma simples visita... É uma chuva de palavras sensíveis, que têm o poder de animar qualquer criatura que não esteja tão bem...
Enorme abraço para você, que, quando chega, espanta qualquer sentimento negativo...
Beijo, minha linda, todo preenchido de gratidão...

Zélia Guardiano disse...

Tania Regina, minha querida
Que bom que meus versinhos lhe são agradáveis!
Fico muito, muito feliz por isso...
Só a sua alegria já é uma recompensa enorme para mim!
Grande beijo, doce amiga!

Zélia Guardiano disse...

Assis
Vens e, ainda, me trazes Dalton Trevisan...
Caramba!
Mereço isso tudo, meu bom amigo?
Abração...

Zélia Guardiano disse...

Acertaste, AC: um pouco de mim se foi com a avezinha... Daí, essa sensação de falta...
Muito grata pela visita!
Vem sempre...
Abraço

Zélia Guardiano disse...

Rayuela, minha querida amiga
Eu diria que a avezinha está em nós...
Ou não temos, também, essa ânsia pela liberdade?
Vejo que tu me abriste os olhos...
Grata, querida!
Mil besos...

Zélia Guardiano disse...

Mai, minha querida
Dizes a verdade: temos nos versos as nossas asas...
É preciso fazer uso deles para atingir as alturas{se eles forem de qualidade...]
Grande beijo!!!

Zélia Guardiano disse...

E você, mais ainda, a mim!
Seu blog é pura emoção!
Sempre!!!
Grata, minha querida...
Beijo

Zélia Guardiano disse...

Osvaldo querido
A palavra-chave é liberdade...
Sem dúvida!
Grata pela encantadora visita!
Abraço, meu bom amigo1

Anônimo disse...

Ninguém pensa no gatinho que ficou passando fome né?

Vou sair em defesa do bichano! rs

Bjos querida!

mdsol disse...

Palavras
escorridas

queridas
corridas

:)))

Zélia Guardiano disse...

Fouad, meu querido!
Esqueci o bichano...
Vou recompor os versinhos!
Beijão, meu querido

Zélia Guardiano disse...

Oh, mdsol, minha amiga!
Que bom tê-la aqui, interagindo com os meus versinhos , que precisam dessa sua interação para ganharem vida...
Enorme beijo, querida!

M.C.L.M disse...

uma andorinha me contou que esse passarinho volta...pra lhe visitar... :-)

beijos doce amiga!

José Carlos Brandão disse...

Interessante como um passarinho pode transformar nossa vida.
(Vamos pensar que o poema é esse passaarinho...)