
Vem chuva:
O sol se esconde
[Caminho
Pelo pátio
Empurrando
O carrinho
Do
Supermercado]
Olho longe:
A vista
É panorâmica
Encanta-me
O verde
[Agora
Quase vessie]
Do horizonte
[Beleza
Paradoxal:
Afinal
É o canavial
Que faz
As vezes
De tapete
Sobre o qual
Pisa macio
O meu
Pensamento
Esqueço
A usina
Que
(Sentindo-se
Culpada)
Se asila
Por detrás
Do Horto
Florestal]
Faço de conta
[Ávida
Que sou
Por poesia]
Que admiro
Um jardim:
Avenca
Samambaia
Alfazema
[Procuro
Aplacar
A consciência:
Num antigo
Passe
De magia
"Meio que"
Transmuto
Cortina
De fumaça
Em véu
De fantasia
(Dúbia
Tentativa
De isolar
Da memória
A queimada
A fuligem
O bóia-fria)]
E
Imagino-me
Na
Provence
[Não obstante
O misto
De
Contemplação
E
Agonia
:
Fazer o quê?]
45 comentários:
[grata a delicada natureza para o dia, moldura desenhada em palavra, por sua mão]
Um imenso abraço, Amiga Zélia
Leonardo B.
Olá querida amiga. Bela poesia, com preocupação socio-ambiental. Pois é, se pudéssemos preservar o verde, o natural, o belo, seria uma maravilha...
Grande abraço, amiga.
"É o canavial
Que faz
As vezes
De tapete
Sobre o qual
Pisa macio
O meu
Pensamento..."
Reflexões, emoções, natureza em verso...Lindo!
Um beijo, Feliz Ano Novo!
ZÉlia!!!!
Que poema!Tudo é poesia nesse seu canto lírico.
Cortina de fumaça em véu de fantasia
(Dúbia tentativa de isolar da memória, a queimada, a fuligem, o bóia-fria)]
SENSACIONAL!
Parabéns, grande poetisa!
Beijos
Mirze
Fzer o quê? Continuar a sonhar, porque "pelo sonho é que vamos" como diz outro poeta, pelo sonho nos transformamos!
gostei desse matiz,
abraço
Minha querida Zélia, que lindo poema escreveste, tão belamente descritivo que aos versos misturam aromas, silhuetas, cores.... Soubeste como ninguém misturar o verde vessie dos canaviais ao violeta dos campos de alfazema da Provença!
Tenha certeza que por trás da poetisa tão talentosa que tu és, se esconde um outro talento teu: o de mestra de pincéis e matizes. Ou me engano?
Meus aplausos, querida amiga, um forte abraço.
André
Que delícia de imagens em versos que me levaram longe Zélia
..
meu beijo carinhoso.
que bela contemplação! Lindo lindo!
Beijo!
Muito linda,Zelia...dá pra voar por aqui....beijos,chica
Zélia já contou quantos tons de verde por aí?
Minha mãe é quem me chamava atenção para isto durante as viagens pelo país.
Bjs querida. Estou rindo até agora da postagem lá na minha casa kskskskskksks
Adorei.
Olá, Zelia, amiga!
Só mesmo alguém com muita imaginação e fantasia para conseguir separar o verde lindo da paisagem da chaminé que por detrás dela se esconde ... e neste exercício encontrar poesia, mais o verde canavial à porta de casa ligado à distante Provence ... como que por passe de magia!
Está lindo, como sempre; a imaginação da Zélia tudo recria.
Abraço amigo.
Vitor
Fazer o quê?
Só nos resta viver!
A despeito de "aplacar a conciência", pintou uma belíssima tela de palavras.
Beijos, querida Zélia.
Rossana
Querida Zélia: - Seu poema transita na pauta mais sensível do mundo contemporâneo , despertando o lado "verde" das consciências. Agradeço a generosidade das palavras que sempre me diriges e retribuo com a mesma dose de intensidade e admiração. Estarei ausente até fevereiro, pois minha filha completa 15 anos e presentiei-a com uma viagem à Europa. Até o retorno, pois !
Um ritmo muito bom no seu poema, e mensagens sempre incríveis, amiga!
Beijo.
Quanto mais alto se sobe, mais longe é o horizonte .
Beijinho.
Amiga Zélia!
Sonhar, a caminho do supermercado, com os jardins de Provence é mágico, sublime...
O resultado foi este belíssimo poema que merece parabéns.
Beijinhos
Ná
Ah, coisa bonita esse poema verde de hoje, Zélia. Você é toda original, e eu vibro com essa sua forma tão sua de dizer as coisas.
Amei...
Beijos,
E vamos juntando sonhos à realidade, para conseguir sobreviver.
Amei esse poema cor de esperança!
Mil beijos
Cid@
poema co-movente, zélia!
destaco esses versos:
"Esqueço
A usina
Que
(Sentindo-se
Culpada)
Se asila
Por detrás
Do Horto
Florestal]"
também andamos nos escondendo por detrás da fumaça até perdermos nossas cores-emoções..
beijabraço!
Percebi ternura e fúria neste intenso poema. EStou certo? Abraços!
fazer o qué? poesía!!!!
qué hermoso y tierno es tu poema verde!
mil besos,Zélia*
O verde dos canaviais, hoje, é como contemplar nuvens no Universo, durante o dia e estrelas durante a noite.
Hoje vivemos de máquinas!
Um grande Abraço!
É, tem sabedoria e poesia nisso. E, vamos falar sério, o canavial é bonito, se a gente consegue, como vc, calar a mente.
Zélia,
Tão bonito este passeio, através do verde, do ser, da poesia...
Um beijo
....
Amiga,
A natureza vale mesmo a pena ser olhada com os olhos da poesia.
Um abraço
A jogar ao «faz de conta» podem construir-se coisas belíssimas, como este poema.
Para muito longe nos pode levar o sonho!...
Continuação de boa semana. Beijinhos
Zélia;
"Fazer o quê?..."
Enquanto ia lendo esta tua bela obra de arte, ia-me lembrando de um filme que vi à alguns anos, "Renascer de um Campeão", em que no final também eu tive essa expressão.
Lindo, como tu escreves, "minina".
bjs.
Osvaldo
Saudade desses seus poemas deliciosos, Zélia.
Estou fora de casa, e os problemas de conexão atrapalham demais a vida de um blogueiro.
Beijo beijo
Querida Zélia
Perdoa meu afastamento, não tem dado.
Que bom visitar seu espaço, matar saudades e ler seus poemas, ficando verde, quase vessie, de inveja ;-) da forma solta, ligeira, leve como os constroi.
Beijos carinhosos
Zélia,
este seu poema podia muito bem ser usado numa aula de Formação Cívica. Tem tudo o que é preciso.:)
beijo no coração
Só mesmo a poesia para aplacar nossa dor ou nossa indignação, ou nossa tristeza diante das alterações naturais para pior. E você a faz com uma maestria de poucos, Zélia. Meu abraço. paz e bem.
Zélia, querida.
O tempo não me permitiu mais vir aqui, e alinhar palavras sobre teus poemas, mas seguido percorre-os e entram nos poros como o ar quando avistamos um horizonte verde e fresquinho :)
Beijos, na saudade
Só uma pessoa de alma sensível como vc para ver o que não há...transformar cortinas de fumaça em névoa e fuligem em paisagem provençal...ai Zélia, quem dera todos fossem iguais a vc, minha amiga. Olhos de ver, não são pra qq um. Beijo enorme.
Zélia, querida amiga.
Os olhar (também) é o transporte para imaginação brotar e a criatividade se soltar nesse belo quadro que nos expões.
Bom por momentos que seja, a transmutação da aberrante realidade em magia de um jardim florido e a natureza no seu esplendor.
Muito se fala no meio ambiente, pouco se faz, e a natureza é pródiga em seu castigo. Mais tarde ou mais cedo ela reprova o que a mão do homem transforma.
Sei que soará repetitivo ao dizer que me faz bem vir aqui, mas me faz bem.
Beijo e kandandos meus.
Hoje eu venho fazer um apelo:
A Região Serrana do Rio de Janeiro esta passando por calamidade devido as chuvas e precisa de doações.
Informações de como doar: http://goo.gl/Sv7w3
Bjk
Diante tal realidade - que os sonhos permaneçam no poema.
BeijooO*
tela policromática abençoada por palavras que pintam... bravo, artista de pincel fino!
beijos!
Linda a poesia como o seu olhar sobre o campo que voce quer ver como um jadim e assim vivi este sonho maravilhoso.O poder da mente que lhe faz criar assim,deixa em nós esta sensação bela.Meu abraço Zelia.
Poesia grande ...Belissima inspiração !
Um beijo, Zélia !
Só mesmo vc e seu olhar delicado para transformar uma cena cotidiana em poesia.
Beijuuss saudosos n.c.
Logo quando vi a imagem lembrei dos belíssimos O mar e o canavial e O canavial e o mar do João Cabral de Melo Neto. O oceano verde é muito comum aqui em Pernambuco, mas não é de todo bonito, pois há nele o cinza dos cassacos submetidos à exploração dos usineiros... Bom ter passado por aqui. Beijo grande pra ti!
Zélia,
vc muito bem percebe, com a quietude de um enxadachim bronzeado pelo sol pungente, toda força impelidora da "usina" interna, enquanto um sistema externo nos enclusura com queimadas e bóias-frias.
Abraço!
Zélia, que delicadeza natural!
Muito lindo.
Passo para desejar-lhe um bom domingo.
Xeros
Zélia,
Belas palavras.
abraços
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